Quando observamos vômitos frequentes e persistentes, logo depois da alimentação, devemos encarar como um sinal de alerta.
Cães e gatos com esses sintomas podem apresentar uma doença conhecida como megaesôfago. Ela é caracterizada por uma dilatação no esôfago que impede que a comida chegue ao estômago, podendo ser induzida por várias causas, primárias ou secundárias (em consequência a outras doenças).
Além da regurgitação (vômitos após alimentação), cães e gatos podem apresentar perda de peso, tosse e pneumonia por aspiração do conteúdo regurgitado.
Quando a doença é secundária a outras, deve-se tratar a doença de base.
Não existe tratamento clínico eficaz quando a forma da doença não é conhecida (idiopática). Mas o manejo nutricional é fundamental e muito eficiente na redução da regurgitação. Deve-se optar pelo uso de dietas de fácil absorção, e ainda atentar-se à posição do cão ou do gato na hora de comer, ele deve estar em uma posição que favoreça a passagem do alimento através do esôfago para o estômago.
Normalmente adota-se uma posição bipedal, fazendo com que o animal fique com a cabeça elevada, favorecendo que o alimento chegue ao estômago pela ação da gravidade. A forma da dieta (líquida, pastosa ou sólida) dependerá da condição individual do paciente.
Uma ferramenta importante para o manejo dos animais que apresentam esta doença é a colocação de uma sonda gástrica para alimentação. Alimentando-se através dessa sonda, garantirá que o alimento chegue diretamente ao estômago, diminuindo a chance de regurgitação. Essa sonda pode ser mantida no paciente por um longo período de tempo (até 1 ano).